RIP Troubleshooting
Continuando na linha dos enunciados que abranjam o maior número de conceitos, temos essa questão, que apresenta pontos importantes e que costuma marcar presença nas seções da prova CCNA relacionadas a troubleshooting e protocolos de roteamento:
“Which of the following is true regarding the following output? (Choose two.)
04:06:16: RIP: received v1 update from 192.168.40.2 on Serial0/1
04:06:16: 192.168.50.0 in 16 hops (inaccessible)
04:06:40: RIP: sending v1 update to 255.255.255.255 via FastEthernet0/0 (192.168.30.1)
04:06:40: RIP: build update entries
04:06:40: network 192.168.20.0 metric 1
04:06:40: network 192.168.40.0 metric 1
04:06:40: network 192.168.50.0 metric 16
04:06:40: RIP: sending v1 update to 255.255.255.255 via Serial0/1 (192.168.40.1)
A. There are three interfaces on the router participating in this update.
B. A ping to 192.168.50.1 will be successful.
C. There are at least two routers exchanging information.
D. A ping to 192.168.40.2 will be successful.”
Um ponto que merece destaque nessa questão é procurar listar o que ela quer que você saiba, a partir da situação exposta. Na assertiva A, o que ela procura saber sobre a quantidade de interfaces de rede. As assertivas B e D, sobre a conectividade com as redes 192.168.40.0 e 192.168.50.0, ou melhor, se pacotes ICMP “ping” podem ser enviados e recebidos com sucesso para essas redes. A letra D pede o número mínimo de roteadores na transação acima.
Para saber exatamente quantas interfaces estão participando no cenário acima, é útil olhar cuidadosamente nos trechos do log que mencionam atualizações (updates) de tabelas de roteamento RIP, saindo do roteador atual para o mundo externo. As linhas 3 e 8, do log em negrito, anunciam envios (sending) para atualização de tabelas de rotas, que passam respectivamente, “via FastEthernet0/0” e “via Serial0/1”. Como não existem mais mensagens desse tipo (“sending v1 update”), do acima exposto podemos deduzir que apenas 2 interfaces de rede são apresentadas. A assertiva A é falsa, pois alega um mínimo de 3 (o mínimo é 2).
Dos questionamentos sobre o número de interfaces no roteador, partimos para a quantidade de roteadores que participam das mensagens de debug do RIP, anunciando e/ou recebendo rotas novas. Se mensagens do tipo “sending v1 update” nos ajudaram a encontrar as interfaces de rede, as mensagens “received...” vão nos dizer quais (e principalmente quantos) roteadores participam do handshake do RIP pra estabelecimento dinâmico de rotas, uma vez que apenas roteadores podem anunciar e atualizar rotas. Do parágrafo anterior, vemos que esse roteador anuncia (mensagens “sending...”) através de 2 interfaces (Serial0/1 e FastEthernet0/0), e recebe uma atualização de rotas através da Serial0/1 (do roteador 192.168.40.2). Temos 2 roteadores, um que é o roteador local (a partir do qual temos acesso à mensagem de log), e outro que emite uma mensagem de anúncio de rotas (192.168.40.2, via interface Serial0/1). A letra C está certa.
Restam-nos as letras B e D. As linhas 2 e 7 nos dizem a mesma coisa, ou seja, que a rota para a rede 192.168.50.0 é “alcançada” após 16 hops, e portanto inalcançável (linha 2). A linha 7 nos descreve que essa mesma rede tem métrica 16, o que significa a mesma coisa, em vista do fato de que o RIP tem métrica máxima de 15, para rotas possíveis e roteáveis. Métrica 16 é rota inacessível, desligada pelo administrador ou “envenenada” pelo próprio algoritmo do RIP, para evitar anúncios de circulares de rotas impossíveis (estratégia conhecida como “poisonous routing”, envenena a rota e anuncia ela desse jeito, para que as outras redes a enxerguem como proibida e assim evitar que outros roteadores na área administrativa anunciem essa rota inválida a outros roteadores). Como esse host 192.168.50.1 faz parte da rede 192.168.50.0, e como essa rede é métrica 16, um ping para esse host retornaria uma mensagem de inalcançável. Letra “B” está errada.
A letra D quer saber se um ping para o host 192.168.40.2 pode ser alcançável, e a resposta é sim, e temos 2 evidências para garantir isso: primeiro, que na linha 6 vemos que quando o roteador vai construir as entradas da tabela de roteamento, momento no qual algumas rotas dinâmicas externas são reconhecidas e acrescentadas, a rota para a rede 192.168.40.0 apresenta-se com métrica 1 – isso quer dizer que a rota para essa rede passará primeiro pelo “next hop router”, ou seja, o roteador vizinho, conectado pela interface Serial0/1. Uma métrica ótima, que perde apenas para as métricas de rotas estáticas e para as diretamente conectadas (as com flag “S” e as com métrica 0, respectivamente). Isso serviria para garantir que a rede 192.168.40.0 é acessível, mas não que um ping para o host 192.168.40.2 pode ser realizado com sucesso. Contudo, a primeira linha de log nos garante isso, porque o anúncio da tabela de rotas para essa rede veio exatamente do roteador de endereço IP 192.168.40.2. Uma coisa legal com roteamento dinâmico é que as rotas são configuradas nas 2 direções, e se recebemos uma mensagem de 192.168.40.2, certamente que poderemos enviar mensagens para lá também (a menos que uma ACL tenha sido colocada de barreira, impedindo tráfego ICMP de saída no roteador conectado à S0/1). A letra D está correta também.
Respostas: C e D
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